O Calhauzito (um tal Pedro Silva ou Rocha ou o raio que o valha) e o Mai Nobo (O Tiaguinho, ou Tiago Codeco ou raio que o valha), disseram:
- O Pa Gil, nos vamos ate ai de dia 51 a 27 de Fevereiro, e pra acabar o Erasmus pa!!
E pronto, ca vieram eles.
E disseram:
- O pa oh Gil, queremos festa.
E eu tratei de arranjar festa.
Chegaram na quinta e foi encontro erasmus no bar one com mais povo erasmus daqui e acabar a noite no Fuzz Club. Uma noite pra conhecer povo e acabar em rock. Para depois seguir numa looooonga caminhada ate minha casa. Pormenores.
Na sexta, acordamos cedo (mais oh menos) e foi caminhada pela City of Sheffield para eles va la conhecerem a cidade. A opiniao deixo-a para eles, mas o que me pareceu foi que ate gostaram.. Assim o espero pois claro.
Sexta a noite, Broadlane Court House Party em casa de uma nova erasmus proveniente de Zurique da Suica. Noite de folias pois claro, com dancas pelo meio, conversas sempre e sempre, brincadeiras, asneiras e afins. O normal. Com os Tugas a serem os ultimos a deixar a festa como lhes e imposto pois claro. Hora essa que se fazia para la das cinco.
So Pinta...
Eles com manina de Emplastros
Era uma alegria pegada... Sempre!
Ha ali um individuo no meio de camisa que digamos tende para o outro lado.
Sabado foi acordar um pouco mais tarde do que sexta que e fim de semana e o direito que nos assiste e esse mesmo de recuperar, descancar e dormir, muito e muito. Acordamos, mais volta pela cidade, desta com passagem (obrigatoria) pelo estadio dos Blades - Sheffield United.
A noite foi de nova festa, desta em Opal 1 House Party. Mais uma noite de folias e afins com a noite a acabar e as ahoras a fazerem-se tarde, como sempre a obrigatoriedade de os Tugas mostrarem a raca a que pertencem, sangue que lhes escorre nas veias e que nestas noites estao com niveis de alcoolemia improprios para sopros em maquinas controladoras. Mas nao faz mal, o transporte seria de carro mas sem nenhum de nos a conduzir mas sim mais um dos muitos indianos com profissao de motorista em carros pretos. Cinco lugares a tras, dois de frente para outros tres e o volante do lado direito. Aquele tipico, preto, taxi de terras de Sua Magestade.
O acordar de domingo foi complicado e distaciava apenas em tres horas da hora de fecho da noite ja porque o Bus que nos levou a Liverpool partiu as nove em ponto am.
Viagem de pouco mais de tres horitas com direito a paragem para cha e cafe na cidade a meio das duas que foram a da partida e da chegada. Sheffield - Machester - Liverpool. Esticam-se pernas e bracos, bebe-se cafe/cha para enganar o sono e o cansado que sao as pernas e a mente. Entra-se de novo la no Bus e mais uma horita assim daquelas a Canidelo ate Liverpool.
Viagem, com cafe para acordar.
Eis que la chegamos a Liverpool, cidade dos Beatles, cidade do Rock, cidade de um dos maiores portos maritimos da Europa, cidade de musicos de todo o mundo que por aqui (obrigatoriamente) passam, cidade Europeia da Cultura de dois mil e oito, cidade de dois tipos de museus, dos Beatles e Maritimo. Cidade imponente, grande, com edificios grandes. Cidade com bairros Londrinos, cidade com Pubs velhos, onde velhos se sentam a falar dos tempos velhos onde eles mesmos novos tocavam e competiam para decidir quem seriam os Beatles, acabaram mesmo por ser os proprios Beatles a serem os Beatles. Cidade de Liverpool, uma cidade que surpreendeu - pela positiva, muito positiva esta por ventura.
Chegados a cidade e depois ao centro da cidade por volta dos meios dos dias (era so um por isso meio dia) e primeira coisa a fazer, pensar o que se vai fazer. Para tal paramos no primeiro Pub (e dos melhores como constatamos mais tarde) e uma Pint de Guiness para cada um para se pensar com as ideias mais claras, ou mais fluentes pelo menos.
Decidimos entao (e porque o Hostel ainda ficava um pouco longe) caminhar e caminhar e caminhar e caminhar, sim porque nesse dia caminhamos ate nos doer as pernas, caminhamos ate perder o folego, caminhamos como se ja nao caminhassemos a muito, mesmo muito. E assim com esta caminhada, conhecemos a Rua dos Beatles, conhecemos a The Cavern Club onde os Beatles tocavam, conhecemos os bancos onde eles se sentavam e os muros onde e encostavam, conhecemos a lojinha pequenina onde os turistas compram as historias e as memorias dos Beatles por algumas (bastantes) Pounds. Conhecemos as ruas por onde eles andavam e pronto, ficou conhecido o trajecto dos Beatles.
Depois, fomos conhecer a outra parte da cidade, a parte maritima, e desilusao, nao havia praia para dar o tal e tao esperado primeiro mergulho do ano, mesmo por debaixo dos poucos 4 graus Celsius que se faziam por ali, Graus esses que diminuiam em numero quando o vento gelido do litoral nos acariciava na cara e nas maos, as partes descobertas do corpo que serviam de porto de entrada para todo o frio do mundo nos invadir o corpo. E nos gelamos. Mas so por segundos que logo comecavamos a caminhar e o frio passava, quase.
Conhecemos o porto, conhecemos os edificios a volta do porto, conhecemos o museu maritimos, vimos os petroleiros e os navios de carga atracados, la do outro lado do braco de mar que por ali entrava. Vimos uma reconstituicao de uma casa de guerra, daquelas pequenas com um abrigo para ataques aereos, uma casa essa mesmo ali a beira mar, exposta a todos os ataques, todos mesmo. E nao deixava de ser uma casa de guerra. De guerra e ao mesmo tempo de familia, com a sala pequenina, com o radio pequenino na sala pequenina a relatar as noticias grandes que eram as da guerra e que nunca os faziam descansar. Os quartos pequenino, com bonecas de procelana em cima da colcha as flores e o carrinho de madeira na colcha aos carrinhos, ou comboios, ou bolas, ou so colcha, sem cor, desbotada e amarrotada.
Conhecemos as casas a beira mar com um pequeno lago na parte de dentro onde pequenos barcos veleiros ou so lanchas rapidas, ou so barquinhos (que parecem de brincar) se atracavam. Casas antigas, todas juntas como um so blos, era so um bloco mesmo. Cor de tijolo e antigas, e simples e por certo tao luxuosas. E com uma vista fenomenal, fantastica, e tao cinzenta, porque as cores sao cinzentas e nao deixam de ser bonitas, porque o mar e castanho e nao deixa de ser bonito, porque as cores sao tristes e nao deixam de se impor e de espantarem mais e mais.
os edificios a volta, novos e velhos, nao velhos mas antigos. Enormes, mesmo enormes, imponentes. E acima de tudo em remodelacao, sim porque este e o ano da Capital Europeia da Cultura - Liverpool e afinal atrasos nao acontecem so la longe em Portugal. Nao, nao, o ano ja comecou e toda a cidade se encontra em re-construcao, em re-modelacao em restauracao. E nao deixa de ser bonita.
Ali no meio do bloco cor de tijolo e aqueles dois enormes monstros de pedra, um outro a nascer. Este moderno, vai ser a casa da cultura de Liverpool, com museus e apetrexos que se dao a cultura. A arquitectura e daquela bem parecida com a nossa casa da musica do Porto. Quase igual mas diferente.
Ali no bloco cor de tijolo, com o lago ao meio a ser rodeado por casa de cor de tijolo que sao parte do bloco cor de tijolo, ve-se o museu maritimo de um lado e do outro o outro museu, o museu dos Beatles. Museu que vimos a entrada, vimos os precos e decidimos espe4rar pelo Michael que ja se encontrava a caminho para nos encontrarmos.
Depois desta caminhada, depois deste folego e das pernas a pedirem descanso, assim como a boca a pedir Guiness e a cabeca a pedir risos, la fomos nos para o centro, buscar o Michael aquela torre la no meio da cidade, mesmo no centro, assim como a marcar o centro, centro de guia para qualquer um que se tente perder. Apanhamos o Michael e foi no primeiro que encontramos. A Rainha que nos salvou para o eterno descanso de duas horas. The Queen era o nome, nao sei se em honra da Rainha ou so mesmo do grupo de Rock. Tanto um ou outro sao viaveis ja que a cidade tanto de um ou outra se ajoelha.
Pub ainda grande e a nossa mesa la tava ela, sozinha, a nossa espera. Mesa corrida com bancos corridos e ao topo, bancos de tres pernas. Nos, os doze, sim eramos doze com o Michael la nos sentamos para umas quantas Pints que vistos precos ingleses estes nao se faziam demasiados exagerados, um jogo de cartas, e outro, e outro, e outro mas outro diferente. Jogos daqueles que um gajo ou uma gaja joga para se rir, jogos daqueles tranquilos e relaxados e que tem como castigo um gajo ou uma gaja beber um pouquinho da cerveja que temos na Pint, no meu caso Guiness no de outros Fosters e no de outros Calsberg e no de outros nada. O que significa que e tempo de ir buscar outra, e outra, e outra, ate que o estado Tipsy se vai fazendo invadir pelo corpo dentro.
Depois destes momentos de alegria, descanso e descontracao, tempo de seguir ate ao Hostel aquele que ainda era um bocado longe.
Afinal foram so uns meros vinte e cinco minutos a caminhar, nao sem antes parar numa lojinha para comprar umas quantas cervejas e uma garrafa de cidra que o Calhau tava-lhe a pegar bem na Cidra
- E como vinho verde - dizia ele.
Hostel foi lavar o corpo com agua e sabao, lavar a alma com cerveja e cidra, risota e afins e de novo pe a estrada que hoje a noite ia-se construir com musica ao vivo.
Primeiro na The Cavern, sim, aquele sitio onde nasceram os Beatles e onde ja tocaram praticamente todos os musicos mais famosos e mesm oaqueles menos famosos e ate aqueles que ninguem conhece. Rock, quase sempre que a tradicao e essa.
Nessa noite, estavam dois, dois amigos a tocar, dois amigos, cada um com uma guitarra acustica e um microfone a frente. dois amigos que tinham um talento.
A noite no The Cavern!
O mais forte, cabela a Beatle, calcas a boca de sino, verdadeiro estilo anos 60 e do da esquerda tinha o talento nas maos ao construir acordes que juntos davam musica, que a musica era mesmo do melhor, classicos de outras bandas, verdadeiros classicos que nem pareciam de outras bandas.
O mais magro, louro, verdadeiro estilo de rock moderno, uma voz igual a do Axl Rose, uma aparencia igual a do Axl Rose e do lado direito, esse tinha o talento na voz. Cantava que se fartava, tambem com guitarra na mao.
A partir dai foi... A partir dai foi simplesmente uma noite de Rock as antigas, uma note de Rock puro, como a noite, o lugar estava praticamente cheio, o lugar estava praticamente ao rubro, as musicas eram do melhor que o Rock ja nos deu e nos vai dando. A minha noite no The Tavern foi simplesmente das melhores noites de musica que ja tive.
Depois do The Tavern foi tempo de mudanca, que depois de uma pequena pesquisa com os mesmo musicos que nos deram a tal fantastica noite de Rock, ficamos a saber que ao domingo havia um sitio aberto ate as quatro da manha. O que foi simplesmente fantastico.
Chegamos e surpresas das surpresas, esse sitio (e do qual nao me recordo do nome) tambem tinha musica ao vivo, e foi tambem mais um continuar de alegria e festa e celebracao do Rock. E foi tambem mais uma festa.
Entao que olho para a bandar e mais uma curpresa, o vocalista que era tambem guitarrista, tinha no lugar da mao direita, uma protese, e tocava assim, e fez um solo fantastico assim e o povo ficou todo tolo, e saltava tudo e foi uma grande noite ate as tantas.
Dia seguinte, acordar por volta das oito e meia para apanhar o pequeno almoco
(coisa que nao aconteceu comigo, pois depois de chegar, adormecer no corredor a caminho do quarto, deitar-me sem me lembrar de muita coisa e acordar com o mesmo espirito mas com o Calhau as berros a dizer que tinhamos que fazer o check out, bem acho que foi alguma indisposicao que me deu, ou entao foram das Guinness)
pequeno almoco e bota caminho a estrada que ja se faz tarde, chegados ao centro e a maior parte do pessoal decidiu fazer um Bus Tour, coisa que nos os portugueses decidimos nao fazer por impossibilidades que tinham a ver, vamos la a ver, dinheirop pois claro. Pela mesma impossibilidade decidimos nao ir visitar o Museu dos Beatles, e paramos antes num Pub para beber uma Pint que sempre ficava (muito) mais em conta.
Foi precisamente uma decisao muito acertada, pois o Pub escolhido que foi o mesmo daquela primeira Pint quando chegamos, foi um Pub onde passamos uma tarde na conversa com dois velhotes que passaram a tarde na conversa connosco e com as Pints passaram a tarde em amores e desamores. E sim, vi um vlehote de 74 anos a mandar uma Pint de penalti em tres golos. Disse o Calhau:
- Eu sou mesmo um menino!
O grandioso Pub, ali com a grandiosa torre ao fundo
Depois de os conhecermos, de ouvirmos as historias que tinham a contar e que tanto devem contar sobre o tempo dos beatles, sobre o futebol e sobre a cidade la nos depedimos deles, nao sem antes tirar uma foto e eles prometerem se la voltassemos que nos daria uma visita pelos melhores Pubs de Liverpool. O que vou aceitar com certeza quando la voltar.
Tardada e eis que os outros voltam e nos os tres Tugas mais o Michael, mais a Milene e mais O Ahmed, nos dirigimos a paregem de autocarros para apanhar o dito cujo em direccao a Sheffield novamente.
Chegados a Sheffield foi correria ate casa para comer, lavar o exterior, lava o interior, e logo, partidos, mortos de cansados, com as pernas a doer, fomos...
Para o walkabout, que era noite de bebidas a uma libra e folia geral.
Esta noite, foi de Wlakabout e depois embrace, onde nos os tres tugas acabamos por ter uma noite mesmo mesmo mesmo agradavel...
Dia seguinte la tive eu que acordar mais cedo do que eles para ir a uma aula, onde eles vieram ter no fim, onde demos mais uma volta, compramos uma comidinha para a noite e la fomos para casa cozinhar e comer e beber.
Por volta da meia noite e meia eles sairam em direccao a estacao de autocarros, para apanhar um deles em direccao ao aeroporto onde iriam passar a noite onde apanharam um aviao e voltaram para Roma.
Foi um Adeus mas por pouco tempo que eu daqui a cerca de 20 dias ja tou por Portugal novamente e novamente os vou encontrar.
(mais fotos em breve, uma das muitas indisponibilidades electronicas nao permitiu colocar mais fotos.)
2 comments:
FODAS! o teu melhor post gil...!
Mais uma vez prova-se que quando nao frequentas lugares duvidosos inspiras-te!
eu gosto exatamente como você receberá o seu nível de toda
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