Este poderia ser um post do tamanho de um blog inteiro, daqueles com dez anos, mas vou tentar não o prolongar por muito.
Num espaço de um par de dias vi dois filmes muito diferentes e muito iguais. Quero com isto dizer, que ambos têm uma coisa em comum embora sejam mesmo diferentes.
Inigmático? Passo a explicar. A coisa que têm de diferente é que a história é totalmente diferente, passam-se em lugares completamente opostos (ironia do destino, um deles alimenta o outro e o outro destroi o primeiro).
O que têm em comum é que em ambos os filmes, a personagem ou no caso do segundo as personagens, procuram a realização pela liberdade pura e dura, a felicidade no seu estado puro se tal pode existir.
Outra coisa em comum é que ambosos protagonistas acabam por se suicidar, talvez por isso mesmo, a felicidade, aliberdade nua e crua - pura - tenha como destino certo a morte.
A procura da felicidade em ambos os filmes é que é muito diferente, no primeiro pela solidão, o desligar total do mundo e com o mundo se fundir em liberdade de tudo e todos. Enquanto no segundo essa mesma procura é feita na ajuda de outros, esses mesmos que não podem ser ajudados e que mais uma vez, ironia do destino é a conclusão do primeiro filme e a conclusão de tudo. A verdadeira felicidade encontrada na ajuda do próximo, de uma maneira simples ou de uma maneira desgarrada, sem medos e muitas ambiçoes. Ambos os filmes são de loucos, ambos os filmes me fascinaram.
O primeiro é o Into the wild o segundo The constant gardener.
O segundo é realmente uma história, e agora esquecendo o partir da procura pessoal, revoltante, gritante que trazem vontades ao de cima. God has our head, the devil our balls, normal mesmo porque eu as minhas balls não as tenho, se tivesse os planos seriam diferentes, pormenores.
Poderia falar iternidades sobre a problemática do segundo filme, mas não o vou fazer. Apenas recomendo vivamente os dois filmes, o primeiro em primeiro e o segundo em segundo. Não revelo nada sobre os filmes, confiem em mim, se assim o desejarem, os filmes são realmente do que melhor se faz em cinema, não pela paneleirices ligadas ao cinema mas pelas histórias em si, historias estas que são veridicas, no primeiro uma vez, no segundo, no segundo todos os nossos dias. E nós tão longes.
Somos Fantoches de um mundo que vive para nos alimentar, sustentado por outro mundo que nós esquecemos existir, fazemos por esquecer, é um mundo diferente, quente e lá longe, não vale a pena estarmos a preocuparnos com isso. Uma moedinha naquelas caixinhas e todos os nossos pecados estão perdoados, moedinhas essas que alimentam nada mais nada menos que o nosso próprio mundo. Somos carniceiros e canibais, vamos à missa e confessamo-nos, dá-mos uma moeda e perdoamo-nos, falamos sobre isso e lamentamo-nos.
Eu incluido nesta facha de gentinhas, sou um dos muitos, maiores hipócritas de todos os tempos.
E amanhã vou ter esquecido isso. (quão irónico somos, quão pequeninos somos)
E o mundo continuaa funcionar. LOTS OF LAUGHTING
Um dia talvez eu possa procurar a minha própria total liberdade, e lá no fim vai estar a felicidade, se essa mesmo existir.
definitely maybe
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