Gilinho Bastos productions
Presents
O Homem Rude do Campo
El Matador
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O Homem Rude do Campo
El Matador
Era uma vez, uma tarde de um sábado, normal sábado com a excepção de um individuo a que a casa não estava habituada. Um viking diriam alguns, um louro de olhos azuis diriam outros. Não, apenas uma visita Erasmus oriunda de terras Escandinavas. O Michael, estudante de ciências politicas, futuro politico de alguma politica. Deslocou-se a Portugal por alturas das férias da Páscoa para uma semana lá passar.
Nesse sábado quis o destino ditar que o acordar seria debaixo de aspiradores, berros exaltados, cantorias e aparelhagens em alturas a níveis de poluição sonora.
O acordar foi cedo, para nós demasiado cedo, a noite tinha sido longa e logo por consequência a manhã fez-se mal disposta e de ressaca.
Acordar e levantar, lavar a cara mas não o corpo que a tarefa que se iria seguir era suja. O pequeno - almoço foi tomado calmamente em pequenas conversas descontraídas e ainda meia ensonada.
Chegou então o derradeiro momento - A Tarefa. Perguntam-se vocês que tarefa será esta tão badalada. A Tarefa seria a de sem sentimentos, sem remorsos, sem qualquer tipo de compaixão, matar um galinha. Esta tarefa parece-vos com certeza macabra, se forem da associação dos amigos dos animais serei provavelmente processado, mas a verdade é que o objectivo desta tarefa era grandioso, um grande feito e que nos iria salvar a todos da macabra fome, o objectivo da tarefa seria o de fazer um grandioso e saboroso Arroz de Cabidela, pelas mãos da cozinheira Isabel Bastos e o Chefe de cozinha Mário Bastos (quase que me vêem aos olhos as lágrimas ao pensar neste arroz - saudades). Por isso, que motivo mais nobre poderia levar a esta chacina senão este mesmo de um espantoso arroz de cabidela.
A chacina foi feita por volta das dez da manhã, o Michael exerceu as funções de câmara man, a minha mão de assistente ao fazer a recolha do sangue da dita, esse mesmo sangue, encarnado e tão vivo que iria dar aquele fantástico sabor ao arroz. Eu, exerci o papel de carniceiro, sem piedade sobre este pequeno animal indefeso. Recolhi a dita, brutalmente segurei-lhe firme pelas assas, mostrando que eu Humano estou no topo da cadeia alimentar, com a galinha (que era galo, que um bom arroz vem do galo, e grande) presa pela mão, firme e rude que sou do campo, coloco-lhe a cabeça pelo cone de metal frio e sem sentimentos, preso ao castanheiro que depois de milhares de chacinas cresceu abruptamente. Já com a cabeça à vista no topo inferior do cone, o corpo dentro do cone, não totalmente que o bicho era grande, as patas senão seguradas firmemente podiam magoar, o galo cantava, eu perguntava-lhe as suas últimas palavras, ele disse, có có córó có có, não percebi, devia ser o pânico do bicho. A minha mãe e minha auxiliar, com o pequeno alguidar contendo um pouco de vinagre no fundo para que o sangue não coagule, estava pronta. Pergunto-lhe se está pronta e dou-lhe as patas do bicho para a mão, digo-lhe que segure firme e ela tenta. Olho para o bicho, com a faca na mão e sem piedade nenhuma corto-lhe a cabeça fora, decapito o bicho, a faca a escorrer sangue na mão direita e a cabeça do bicho na mão esquerda, eis que o homem cumpre o seu desígnio e mata para comer, que mais bonito pode haver? Mas então, eis que o bicho ainda consciente, começa num espernear louco, a minha mãe que tinha tudo controlado deixa de ter e o bicho salta fora do cone. Não corre porque logo lhe meto a mão e logo o volto a colocar no cone onde segurando-o firmemente pelas patas e pelo pescoço, deixo escorrer o sangue para o alguidar com vinagre, até parar. Está acabada a matança.
Está acabada a matança mas não o trabalho, eis que o verdadeiro trabalho se avizinha.
Ficam as fotos da Matança:
não me responsabilizo por algum tipo de susceptibilidade que estas imagens possam oferecer
Primeiro, colocar o bicho na panela com água a ferver, colocada a ferver antes da matança. Depois de lá mergulhar, retirar as penas, todas, uma por uma até o bicho ficar completamente depenado. Chega a altura de abrir o dito, retirar tudo o que não pode ser utilizado para comer. As moelas que no prato se apresentam tão bonitas, aparecem cheias de merda e a cheirar mal. As tripas saem, sai tudo o que não é preciso, depois é tempo de talhar o bicho, corta-lo aos pedaços, grandes e pequenos.
Depois é cozinhá-lo que isso seria preciso meia hora a descrever.
Concluido o processo de cozinho do bicho, tempo de nos sentarmos À mesa, todos em comunhão uns com os outros e comer o bicho, devidamente e deliciosamente cozinhado, convergendo num excelente - Arroz de Cabidela! Quem não gosta, não sabem o que é comer, quem gosta sabe do que falo.
Nesse sábado quis o destino ditar que o acordar seria debaixo de aspiradores, berros exaltados, cantorias e aparelhagens em alturas a níveis de poluição sonora.
O acordar foi cedo, para nós demasiado cedo, a noite tinha sido longa e logo por consequência a manhã fez-se mal disposta e de ressaca.
Acordar e levantar, lavar a cara mas não o corpo que a tarefa que se iria seguir era suja. O pequeno - almoço foi tomado calmamente em pequenas conversas descontraídas e ainda meia ensonada.
Chegou então o derradeiro momento - A Tarefa. Perguntam-se vocês que tarefa será esta tão badalada. A Tarefa seria a de sem sentimentos, sem remorsos, sem qualquer tipo de compaixão, matar um galinha. Esta tarefa parece-vos com certeza macabra, se forem da associação dos amigos dos animais serei provavelmente processado, mas a verdade é que o objectivo desta tarefa era grandioso, um grande feito e que nos iria salvar a todos da macabra fome, o objectivo da tarefa seria o de fazer um grandioso e saboroso Arroz de Cabidela, pelas mãos da cozinheira Isabel Bastos e o Chefe de cozinha Mário Bastos (quase que me vêem aos olhos as lágrimas ao pensar neste arroz - saudades). Por isso, que motivo mais nobre poderia levar a esta chacina senão este mesmo de um espantoso arroz de cabidela.
A chacina foi feita por volta das dez da manhã, o Michael exerceu as funções de câmara man, a minha mão de assistente ao fazer a recolha do sangue da dita, esse mesmo sangue, encarnado e tão vivo que iria dar aquele fantástico sabor ao arroz. Eu, exerci o papel de carniceiro, sem piedade sobre este pequeno animal indefeso. Recolhi a dita, brutalmente segurei-lhe firme pelas assas, mostrando que eu Humano estou no topo da cadeia alimentar, com a galinha (que era galo, que um bom arroz vem do galo, e grande) presa pela mão, firme e rude que sou do campo, coloco-lhe a cabeça pelo cone de metal frio e sem sentimentos, preso ao castanheiro que depois de milhares de chacinas cresceu abruptamente. Já com a cabeça à vista no topo inferior do cone, o corpo dentro do cone, não totalmente que o bicho era grande, as patas senão seguradas firmemente podiam magoar, o galo cantava, eu perguntava-lhe as suas últimas palavras, ele disse, có có córó có có, não percebi, devia ser o pânico do bicho. A minha mãe e minha auxiliar, com o pequeno alguidar contendo um pouco de vinagre no fundo para que o sangue não coagule, estava pronta. Pergunto-lhe se está pronta e dou-lhe as patas do bicho para a mão, digo-lhe que segure firme e ela tenta. Olho para o bicho, com a faca na mão e sem piedade nenhuma corto-lhe a cabeça fora, decapito o bicho, a faca a escorrer sangue na mão direita e a cabeça do bicho na mão esquerda, eis que o homem cumpre o seu desígnio e mata para comer, que mais bonito pode haver? Mas então, eis que o bicho ainda consciente, começa num espernear louco, a minha mãe que tinha tudo controlado deixa de ter e o bicho salta fora do cone. Não corre porque logo lhe meto a mão e logo o volto a colocar no cone onde segurando-o firmemente pelas patas e pelo pescoço, deixo escorrer o sangue para o alguidar com vinagre, até parar. Está acabada a matança.
Está acabada a matança mas não o trabalho, eis que o verdadeiro trabalho se avizinha.
Ficam as fotos da Matança:
não me responsabilizo por algum tipo de susceptibilidade que estas imagens possam oferecer
A Caça
Primeiro, colocar o bicho na panela com água a ferver, colocada a ferver antes da matança. Depois de lá mergulhar, retirar as penas, todas, uma por uma até o bicho ficar completamente depenado. Chega a altura de abrir o dito, retirar tudo o que não pode ser utilizado para comer. As moelas que no prato se apresentam tão bonitas, aparecem cheias de merda e a cheirar mal. As tripas saem, sai tudo o que não é preciso, depois é tempo de talhar o bicho, corta-lo aos pedaços, grandes e pequenos.
Depois é cozinhá-lo que isso seria preciso meia hora a descrever.
Concluido o processo de cozinho do bicho, tempo de nos sentarmos À mesa, todos em comunhão uns com os outros e comer o bicho, devidamente e deliciosamente cozinhado, convergendo num excelente - Arroz de Cabidela! Quem não gosta, não sabem o que é comer, quem gosta sabe do que falo.
Lugar do almoço com o Chef - Mário Bastos ao fundo.
O almoço até foi especial, pois além da familia do costume e do convidado sueca ainda apareceram para almoçar o Calhauzito, o Dani e o Luis, que embora já tenha almoçado ainda deu umas trincas. O filho do Ti Bi, apareceu para a sobremesa que é maricas e não gosta do grande arroz.
Almoço à maneira, regado com um belo de um vinho verde do qual não me recordo o nome, se bem que era mesmo delicioso.
Um almoço à moda antiga, acabando no Caniço com um bom café, um bom licor beirão, uns belos de uns cigarros e claro está uma tarde ao Sol de Minis já que o Sol se fazia aparecer em abundância.
Grande almoço este.
Agora diam-me lá se ser um Homem rude do campo não vale a pena.
O sueco disse que sim!
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