Já devem ter reparado na estranha grande quantidade de bombardeamento de posts a que o blog tem estado sujeito ultimamente. Pois, a razão para isso é simples. As épocas de exames começaram, noitadas, dias enfiados em casa ou na biblioteca a tentar meter alguma coisa no cérebro que não seja só para o destruir. Desta escolhi ficar mais por casa, estou mais À vontade, não me aborrecem por causa da música, faço torradas e bebo chá, mas acima e tudo dou umas cigarradas no meio das notas e livros, coisa que sempre adorei. Como tal época se enfrenta agora, normal seja que de vez em quando me ponha a divagar, distraído das notas, a pensar nas mais variadas coisas. O que acaba sempre comigo a escrever umas tretas quaisquer que me vêm à cabeça. Sempre fui de pensamentos em demasia, reais principalmente mas muito imaginários também.
Gosto de escrever no computador, gosto de tradições e gosto daquelas fotos em que se vê uma máquina de escrever com um copo de whisky e um cinzeiro ao lado. São filosóficas, são sinais de empenhamento e inspirações totais, com a lua ao fundo, pela noite fora. A verdade é que não sou moderno, não sou antigo, falta-me o copo ao lado mas infelizmente não é altura para isso. Substituído pelo chá mas acompanhado pelo fumo. Gosto de escrever em times new roman, é uma letra feia e simples, agrada-me. O tamanho fica pelos doze, grande e pequeno, normal. Sou todo eu normal. Mas isso não interessa para nada.
Por mais coisas estúpidas que diga, a verdade é que gosto quando sei que me lêem o blog. É estúpido, só digo merda, mas gosto. Afinal, a felicidade só é real quando partilhada e se me encontro bem, mesmo quando não me encontro, gosto de partilhar isso. É estúpido eu sei mas não tenho que me faça. Afinal de tudo eu sou arrogante por isso não me importa.
Tanta coisa e afinal que digo eu? Nada mesmo, como sempre, sempre a enrolar, sempre confuso e nunca sem dizer nada. Sou assim mesmo, com tanta coisa a fluir e a sair da minha cabeça, nunca sai nada de jeito. Se saísse começava a escrever para viver mas o querer nem sempre é poder, ou talvez seja, ainda ando para descobrir, à espera de algumas provas.
O fim do ano está a acabar, e sinceramente não sei se sinto uma enorme tristeza por tudo o que passei e que vou deixar, os amigos que muitos deles provavelmente nunca mais verei na vida, os risos, os sorrisos e as gargalhadas partilhadas, os estados de embriagues tal que todas as verdades são contadas e confessadas. Acabamos por fazer verdadeiros amigos, que são tudo num ano, família, amigos, companheiros, conselheiros, tudo mesmo. Pessoas quais que “apenas” conheci faz nem um ano. As intensidades são diferentes a amizade nasce rápido, é obrigatório, vim sozinho, cheguei sozinho, sem conhecer absolutamente ninguém e como será possível de sobreviver sem relações sociais. O primeiro semestre foi todo ele de alegrias, era a euforia do costume, malta nova a descobrir-se e a rir-se uns dos outros. Apenas diversão, e as pessoas conhecem-se rápido quando realmente precisam, acreditem. A maior parte das pessoas aqui estava, está na mesmo posição do que eu por isso todos nos chegamos de tal maneira que criamos verdadeiros laços. Alguns desses que espero não perder e tenho praticamente a certeza que pelo menos meia dúzia são para durar. Mas só o tempo o pode dizer. A verdade é que as pessoas mais chegadas apenas ficaram o primeiro semestre e eis que no segundo me vi obrigado a tentar criar aquilo que tinha com o povo do primeiro semestre. Não foi fácil e sem dúvida não foi o mesmo com os primeiros, as pessoas eram diferentes e não tanto ao meu estilo. Alguns ficaram e ficam grandes amigos, mas o segundo semestre acabou por ser bastante diferente, comigo a entrar algumas vezes em estados de paranóia e de vontades de gritar. Agora no fim do ano, sei que tudo foram experiencias, que nem toda a gente é fácil e que eu definitivamente não sou mesmo nada fácil.
Dou comigo, aqui a acabar o ano, já com ansiedade do regresso a Portugal, que tanta saudade dele sinto, como sempre senti. Mas tenho a perfeita noção que bastaram um par de semanas para voltar a sentir falta deste meu povo. Os mais especiais, espero eu é para manter algum contacto. O primeiro será logo depois de sair daqui que vou directo à Suíça para reencontrar o Menk, o Pascal, o Tobi e o Stefano talvez, com o Michael que me acompanha. No verão a certeza do Stefano me visitar em Portugal. Estes amigos que fiz aqui, acabam por ser a verdadeira e mais importante experiência do erasmus. As pessoas são tudo mesmo, os amigos ainda mais. Com as pessoas aprendes a conviver, a viver, aprendes tanta coisa. É o que realmente vale a pena. Noitadas, copos, festas, visitas, pequenas viagens, nada disso faz sentido, são apenas um acoplado e um incentivo ao convivo com o que realmente interessa, os amigos que sei que fiz.
Mas tudo isto tem um preço, o preço de deixar a casa, a família, os amigos, a namorada, tudo aquilo que te habituas tão intensamente é difícil de deixar e só sendo insensível é que não se consegue deixar de sentir isso. O meu erasmus, trouxe-me um preço ainda mais elevado. O querer voltar a Portugal para logo depois sair, sei que não vou conseguir estar muito tempo, sei que as minhas aventuras ainda não acabaram, sei que antes do verdadeiro regresso ainda terei que sofrer muito com as saudades para quando voltar, voltar com a consciência de que tudo fiz para estar realizado, então, assentar, e viver Portugal da maneira que o aprendi a fazer fora dele. Com alegria, com as pessoas ao teu lado, com a alegria das pequenas coisas que não são senão a mais pura felicidade. Eu, da maneira que sou não poderei fazer sem antes ter experimentado a liberdade, de maneira irresponsável, sem antes ter experimentado A Viagem. Não posso e não quero. A questão maior aqui e que me faz pensar mais, é o facto de quando chegar a altura de voltar, ser tarde demais para algumas coisa, mas ai, eu sei que aprenderei a viver com aquilo que aprendi, e então a felicidade virá que eu não tenho medo dela. Sei que provavelmente vou perdendo coisas pelo caminho, mas mantenho a minha mente no mesmo sentido, a vontade na mesma direcção e o sentimento parado. Vou com tudo, e com tudo vou na cabeça. Serei eu, voltarei outro, o mesmo mas preparado para viver, da maneira que sempre desejei.
O ano que se acaba e tanta nostalgia, por isso que acabo a pensar já na próxima partida, para não tentar pensar no adeus do meu primeiro ano a aprender quem sou eu. Não será um adeus mas talvez apenas um intervalo, uma transição. Por vezes desejo que outras linhas de pensamento e sentimento sigam a minha, mas não sou egoísta a tal ponto para o desejar de verdade. Cada pensamento e sentimento devem seguir a linha que considera a que mais se adequa. Eu sigo a minha linha, sempre recta com as suas curvas, sempre com a minha maneira de ver as coisas. Não tenho medo do preço disso mas sei que vai custar pagá-lo, como quando sentem que estão a ser “roubados” com preços demasiado altos para aquilo que deveriam pagar.
Depois de dizer isto tudo, sinto que não digo nada de jeito e provavelmente não, misturo-me, contradigo-me, é uma tal confusão de palavras e ideias que por vezes penso se eu próprio consigo perceber o significado de tudo, mas a verdade é que consigo mesmo perceber todos os significados, apenas a minha cabeça viaja demasiado rápido para as palavras que conheço a poderem a acompanhar, o que resulta em textos deste tipo. Não me importo, sempre descarrego a vontade de querer algumas coisas que trago tão presas cá dentro, sempre desanuvio um pouco das propriedades eléctricas dos materiais, sempre consigo mais um pouco de esperança.
Gosto de escrever no computador, gosto de tradições e gosto daquelas fotos em que se vê uma máquina de escrever com um copo de whisky e um cinzeiro ao lado. São filosóficas, são sinais de empenhamento e inspirações totais, com a lua ao fundo, pela noite fora. A verdade é que não sou moderno, não sou antigo, falta-me o copo ao lado mas infelizmente não é altura para isso. Substituído pelo chá mas acompanhado pelo fumo. Gosto de escrever em times new roman, é uma letra feia e simples, agrada-me. O tamanho fica pelos doze, grande e pequeno, normal. Sou todo eu normal. Mas isso não interessa para nada.
Por mais coisas estúpidas que diga, a verdade é que gosto quando sei que me lêem o blog. É estúpido, só digo merda, mas gosto. Afinal, a felicidade só é real quando partilhada e se me encontro bem, mesmo quando não me encontro, gosto de partilhar isso. É estúpido eu sei mas não tenho que me faça. Afinal de tudo eu sou arrogante por isso não me importa.
Tanta coisa e afinal que digo eu? Nada mesmo, como sempre, sempre a enrolar, sempre confuso e nunca sem dizer nada. Sou assim mesmo, com tanta coisa a fluir e a sair da minha cabeça, nunca sai nada de jeito. Se saísse começava a escrever para viver mas o querer nem sempre é poder, ou talvez seja, ainda ando para descobrir, à espera de algumas provas.
O fim do ano está a acabar, e sinceramente não sei se sinto uma enorme tristeza por tudo o que passei e que vou deixar, os amigos que muitos deles provavelmente nunca mais verei na vida, os risos, os sorrisos e as gargalhadas partilhadas, os estados de embriagues tal que todas as verdades são contadas e confessadas. Acabamos por fazer verdadeiros amigos, que são tudo num ano, família, amigos, companheiros, conselheiros, tudo mesmo. Pessoas quais que “apenas” conheci faz nem um ano. As intensidades são diferentes a amizade nasce rápido, é obrigatório, vim sozinho, cheguei sozinho, sem conhecer absolutamente ninguém e como será possível de sobreviver sem relações sociais. O primeiro semestre foi todo ele de alegrias, era a euforia do costume, malta nova a descobrir-se e a rir-se uns dos outros. Apenas diversão, e as pessoas conhecem-se rápido quando realmente precisam, acreditem. A maior parte das pessoas aqui estava, está na mesmo posição do que eu por isso todos nos chegamos de tal maneira que criamos verdadeiros laços. Alguns desses que espero não perder e tenho praticamente a certeza que pelo menos meia dúzia são para durar. Mas só o tempo o pode dizer. A verdade é que as pessoas mais chegadas apenas ficaram o primeiro semestre e eis que no segundo me vi obrigado a tentar criar aquilo que tinha com o povo do primeiro semestre. Não foi fácil e sem dúvida não foi o mesmo com os primeiros, as pessoas eram diferentes e não tanto ao meu estilo. Alguns ficaram e ficam grandes amigos, mas o segundo semestre acabou por ser bastante diferente, comigo a entrar algumas vezes em estados de paranóia e de vontades de gritar. Agora no fim do ano, sei que tudo foram experiencias, que nem toda a gente é fácil e que eu definitivamente não sou mesmo nada fácil.
Dou comigo, aqui a acabar o ano, já com ansiedade do regresso a Portugal, que tanta saudade dele sinto, como sempre senti. Mas tenho a perfeita noção que bastaram um par de semanas para voltar a sentir falta deste meu povo. Os mais especiais, espero eu é para manter algum contacto. O primeiro será logo depois de sair daqui que vou directo à Suíça para reencontrar o Menk, o Pascal, o Tobi e o Stefano talvez, com o Michael que me acompanha. No verão a certeza do Stefano me visitar em Portugal. Estes amigos que fiz aqui, acabam por ser a verdadeira e mais importante experiência do erasmus. As pessoas são tudo mesmo, os amigos ainda mais. Com as pessoas aprendes a conviver, a viver, aprendes tanta coisa. É o que realmente vale a pena. Noitadas, copos, festas, visitas, pequenas viagens, nada disso faz sentido, são apenas um acoplado e um incentivo ao convivo com o que realmente interessa, os amigos que sei que fiz.
Mas tudo isto tem um preço, o preço de deixar a casa, a família, os amigos, a namorada, tudo aquilo que te habituas tão intensamente é difícil de deixar e só sendo insensível é que não se consegue deixar de sentir isso. O meu erasmus, trouxe-me um preço ainda mais elevado. O querer voltar a Portugal para logo depois sair, sei que não vou conseguir estar muito tempo, sei que as minhas aventuras ainda não acabaram, sei que antes do verdadeiro regresso ainda terei que sofrer muito com as saudades para quando voltar, voltar com a consciência de que tudo fiz para estar realizado, então, assentar, e viver Portugal da maneira que o aprendi a fazer fora dele. Com alegria, com as pessoas ao teu lado, com a alegria das pequenas coisas que não são senão a mais pura felicidade. Eu, da maneira que sou não poderei fazer sem antes ter experimentado a liberdade, de maneira irresponsável, sem antes ter experimentado A Viagem. Não posso e não quero. A questão maior aqui e que me faz pensar mais, é o facto de quando chegar a altura de voltar, ser tarde demais para algumas coisa, mas ai, eu sei que aprenderei a viver com aquilo que aprendi, e então a felicidade virá que eu não tenho medo dela. Sei que provavelmente vou perdendo coisas pelo caminho, mas mantenho a minha mente no mesmo sentido, a vontade na mesma direcção e o sentimento parado. Vou com tudo, e com tudo vou na cabeça. Serei eu, voltarei outro, o mesmo mas preparado para viver, da maneira que sempre desejei.
O ano que se acaba e tanta nostalgia, por isso que acabo a pensar já na próxima partida, para não tentar pensar no adeus do meu primeiro ano a aprender quem sou eu. Não será um adeus mas talvez apenas um intervalo, uma transição. Por vezes desejo que outras linhas de pensamento e sentimento sigam a minha, mas não sou egoísta a tal ponto para o desejar de verdade. Cada pensamento e sentimento devem seguir a linha que considera a que mais se adequa. Eu sigo a minha linha, sempre recta com as suas curvas, sempre com a minha maneira de ver as coisas. Não tenho medo do preço disso mas sei que vai custar pagá-lo, como quando sentem que estão a ser “roubados” com preços demasiado altos para aquilo que deveriam pagar.
Depois de dizer isto tudo, sinto que não digo nada de jeito e provavelmente não, misturo-me, contradigo-me, é uma tal confusão de palavras e ideias que por vezes penso se eu próprio consigo perceber o significado de tudo, mas a verdade é que consigo mesmo perceber todos os significados, apenas a minha cabeça viaja demasiado rápido para as palavras que conheço a poderem a acompanhar, o que resulta em textos deste tipo. Não me importo, sempre descarrego a vontade de querer algumas coisas que trago tão presas cá dentro, sempre desanuvio um pouco das propriedades eléctricas dos materiais, sempre consigo mais um pouco de esperança.
No comments:
Post a Comment