Hoje é domingo, domingo depois de sábado mas isso chega a ser lógico. Mas lógico, por vezes não percebo bem essa palavra, é certo que domingo bem depois de sábado mas porque dizer lógico? Provavelmente que a lógica do nosso senso comum nos diz que o domingo vem depois do sábado mas porquê chamar lógico a tantas outras coisas? Será apenas porque o senso comum as regula a todas? Eu acho que aos poucos vou perdendo o meu senso comum e toda a minha lógica se afunda. Coisas que sempre tomei como “lógicas” vejo-as agora como as mais incertas e nunca as percebo é certo. Mas o que pode estar a acontecer é que essas mesmas coisas que vou deixando de perceber não sejam lógicas ou apenas não sejam mais lógicas como chegaram a ser. A incerteza acaba por ser a única coisa lógica de que me lembro.
Hoje domingo, ontem tive festa, de despedida, lógico que os sentimentos foram de nostalgia, alguma tristeza, saudade já a chegar só de pensar nas pessoas que não mais vou ver ou o quanto poderá demorar até ver algumas destas pessoas. Mas aqui, uso a lógica em sentimentos e isso não posso fazer, deixei de acreditar na lógica do sentimento faz algum tempo, e vou perdendo cada vez mais a lógica dos meus sentimentos embora os tenha como certos. Certezas do que sinto sempre foi muito lógico para mim, lógica essa que perco quando vou pensando em sentimentos que não meus. Pensar nos sentimentos de outros deixou de ser coisa que possa fazer, pelo menos sem sentir a minha própria nostalgia.
Devo dizer que agora ou atravessado por flechas e flechas de coisas que me atravessam de uma maneira que acabam por magoar, pensamentos de sentimentos ou sentimentos de pensamentos que nem sequer me atrevo a tentar criar uma descrição já que só se isso fosse em perfeição teria lógica e eu a perfeição não consigo alcançar de certo nestas coisas da alma. É o fim do erasmus, são todas estas despedidas, tudo isso somado à vontade de encontrar Portugal, a saudade do meu canto lá naquele canto, depois, vem o medo do que quero encontrar, de como vou encontrar que sei certo não ser igual. Fico completamente petrificado, aterrorizado com o medo de voltar a Portugal e não encontrar o que sempre quero encontrar e o que desespero por não ter aqui, que foi o meu maior desespero de sempre.
Mas quem disse que seria fácil isto da alma? Sentir assim nunca sequer tinha imaginado ser estranhamente possível e eis que me vejo assim, doente mentalmente, viciado em sentimentos que não controlo e que desespero por não controlar.
Tudo isto é uma mistura estranha, que quero apenas resolver com o regresso ao Pais. Quero destruir-me por completo ou então voltar a sentir esperança que cada dia que passa a vou perdendo.
Mas quem disse que esta coisa da alma era fácil, provavelmente será mais fácil por ventura esquecer e deixar de pensar nisso. Vou até ali e já venho.
Como canta o Camané e compôs o José Luís Gordo:
Eu não me entendo!
Entrego a minha voz ao coração do vento
E quanto mais água dos meus olhos corre
Mais fogo acendo
Eu não me entendo
Eu não me entendo
E por ti já gastei o pensamento
Ai amor, ai amor, se o tempo
Já gastou, já gastou o nosso tempo
Eu não me entendo
Eu não me entendo
A primavera do meu tempo
Já gastei a primavera do meu tempo
Já fiz da boca jardins de vento
E não me entendo
E não me entendo
Eu não me entendo
Hoje domingo, ontem tive festa, de despedida, lógico que os sentimentos foram de nostalgia, alguma tristeza, saudade já a chegar só de pensar nas pessoas que não mais vou ver ou o quanto poderá demorar até ver algumas destas pessoas. Mas aqui, uso a lógica em sentimentos e isso não posso fazer, deixei de acreditar na lógica do sentimento faz algum tempo, e vou perdendo cada vez mais a lógica dos meus sentimentos embora os tenha como certos. Certezas do que sinto sempre foi muito lógico para mim, lógica essa que perco quando vou pensando em sentimentos que não meus. Pensar nos sentimentos de outros deixou de ser coisa que possa fazer, pelo menos sem sentir a minha própria nostalgia.
Devo dizer que agora ou atravessado por flechas e flechas de coisas que me atravessam de uma maneira que acabam por magoar, pensamentos de sentimentos ou sentimentos de pensamentos que nem sequer me atrevo a tentar criar uma descrição já que só se isso fosse em perfeição teria lógica e eu a perfeição não consigo alcançar de certo nestas coisas da alma. É o fim do erasmus, são todas estas despedidas, tudo isso somado à vontade de encontrar Portugal, a saudade do meu canto lá naquele canto, depois, vem o medo do que quero encontrar, de como vou encontrar que sei certo não ser igual. Fico completamente petrificado, aterrorizado com o medo de voltar a Portugal e não encontrar o que sempre quero encontrar e o que desespero por não ter aqui, que foi o meu maior desespero de sempre.
Mas quem disse que seria fácil isto da alma? Sentir assim nunca sequer tinha imaginado ser estranhamente possível e eis que me vejo assim, doente mentalmente, viciado em sentimentos que não controlo e que desespero por não controlar.
Tudo isto é uma mistura estranha, que quero apenas resolver com o regresso ao Pais. Quero destruir-me por completo ou então voltar a sentir esperança que cada dia que passa a vou perdendo.
Mas quem disse que esta coisa da alma era fácil, provavelmente será mais fácil por ventura esquecer e deixar de pensar nisso. Vou até ali e já venho.
Como canta o Camané e compôs o José Luís Gordo:
Eu não me entendo!
Entrego a minha voz ao coração do vento
E quanto mais água dos meus olhos corre
Mais fogo acendo
Eu não me entendo
Eu não me entendo
E por ti já gastei o pensamento
Ai amor, ai amor, se o tempo
Já gastou, já gastou o nosso tempo
Eu não me entendo
Eu não me entendo
A primavera do meu tempo
Já gastei a primavera do meu tempo
Já fiz da boca jardins de vento
E não me entendo
E não me entendo
Eu não me entendo
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