Friday, 6 June 2008

Sexta – feira à noite, eu, com a sorte de sempre (não que me queixe das minhas sortes) tenho um exame daqui a seis horas. Mergulhado no meio dos livros às tantas da matina, com único horizonte que é o exame, directo, sem dormir que a última coisa que me apetece agora é dormir, que a última coisa que me apetece é estudar, que pensamentos tenho muitos, desejos ainda mais e revoltas muitas mais ainda. Que seria desta vida de estudante sem os momentos decadentes dos exames? Sem as depressões contínuas estimuladas pelos exames? Sem as provocações que isso tudo implica. O meu erasmus está a uma semana do fim e isso sim entristece-me. Mas mais do que isso é acabar o erasmus da maneira como o acabo, com um dia para festejar um ano, com um dia para despedidas de um ano. Peço desculpa por estas palavras tão negativas mas hoje todo eu sou negativo, nada ajuda é verdade e nem eu próprio me quero ajudar. Acho que vou mergulhar em mais alguns exercícios para a mente parar de flutuar.
Hoje sinto-me mal, triste, é sexta à noite e estou aqui, mas se fosse só isso, nunca é só uma coisa, tudo tem sempre que me influenciar, porque serei eu tanto influenciado por mim mesmo? Sem resposta claro está. Nem imaginação para parvoíces me dou ao direito hoje, nem para nada, nem de nada. Acho que vou mesmo mergulhar nos exercícios.
Só, antes um último apontamento. Nunca antes senti um sentimento de solidão tão grande como hoje, nunca mesmo. Sinto-me só, sozinho, só isso, sem nada. E assusto-me com isso. Nem coragem tenho para escrever sobre isso.
Boa noite meus amigos.

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